A história da Linha Onze é igual à da maioria dos pequenos núcleos de colonização italiana surgidos após a chegada dos primeiros imigrantes no estado, em 1875.
É uma história de superação, feita por mãos calejadas e acalentada por sonhos de prosperidade.
Muitos destes povoados ficaram pelo caminho, estagnaram e pouco progrediram. Outros, contados nos dedos, tornaram-se extraclasses e se destacam internacionalmente graças à excelência daquilo que produzem.
A Linha Onze seguiu seu caminho com a mesma persistência dos seus fundadores: com muito trabalho e fé nos dias que viriam.
Foi assim quando da luta pela sua emancipação política, quando venceu a resistência daqueles que a queriam colônia submissa. Também foi assim quando dos primeiros passos da sua instalação como município autônomo. Um passo de cada vez, encurtando aos poucos os caminhos que a separavam de se tornar mais do que um povoado que sonhava sonhos ousados demais para o seu tamanho.
Tendo como base o legado deixado pelos imigrantes pioneiros, não renegou a cultura e nem as suas tradições, pelo contrário, fez delas bandeira que defendeu a língua da imigração e a transformou em patrimônio imaterial do país.
Quando os imigrantes pioneiros plantaram as primeiras sementes, mais do que o alimento que necessitavam para a sobrevivência, semearam esperanças de que um dia o que era mato a ser desbravado se transformasse num local onde seus descendentes pudessem viver com qualidade de vida.
E essa transformação se fez aos poucos, ordenadamente, passo por passo até abrir-se em obras de grande vulto, as quais se fazem necessárias para que o sonho daqueles bravos homens se torne realidade num tempo muito próximo.
Serafina Corrêa prepara-se para a chegada deste tempo com uma estrutura que faz inveja à maioria das coirmãs de imigração italiana.
O passo em direção ao futuro está dado.
Ademir Antonio Bacca - Organizador do Livro e Responsável pela Pesquisa.
* Confira abaixo, as fotos do lançamento oficial do livro "Serafina Corrêa - Memórias da Linha 11".